URSA

O que é a URSA?

A promoção da fertilidade do solo e o uso eficiente da água de rega são princípios basilares da EDIA no contexto da gestão ambientalmente sustentável do regadio de Alqueva. A valorização dos subprodutos orgânicos da agricultura e o seu regresso ao solo apresenta-se como a mais forte e duradoura possibilidade de recuperar a qualidade do solo, proteger a água e promover o uso eficiente dos recursos. Neste âmbito a EDIA desenvolveu o conceito URSA – Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva.

Razão da URSA?

Alguns dos solos do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), apesar de profundos, são pobres em matéria orgânica a qual tende a mineralizar-se e perde-se de forma acelerada no regadio, reduzindo a sua capacidade de retenção de água e nutrientes, ficando o solo gradualmente mais suscetível à erosão e à desertificação, cuja suscetibilidade da região é elevada.

A atividade agrícola intensa em áreas de solos degradados resulta na degradação das massas de água a jusante, nomeadamente em resultado da entrada de sedimentos e nutrientes. A existência de uma vasta área de regadio, cuja monitorização indica teores de matéria orgânica no solo inferiores a 1%, mas da qual resultam anualmente centenas de milhares de toneladas de subprodutos agrícolas ou agroindustriais, robustece a viabilidade do processo de valorização orgânica e produção de composto para fertilização agrícola e reabilitação da qualidade do solo, elemento essencial para a melhoria do desempenho ambiental do regadio.

A recirculação de subprodutos orgânicos promove igualmente a retenção de carbono no solo, favorecendo a redução do efeito estufa e as alterações climáticas dele decorrentes. É neste enquadramento que surge o Projeto URSA – Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva, uma constelação de unidades ao serviço do território de regadio, que produzam um fertilizante orgânico por compostagem, devolvido aos agricultores por permuta com os subprodutos agrícolas entregues, para fertilização das culturas, contribuindo para o incremento da fertilidade do solo e a sua reabilitação como barreira filtrante, que promova a qualidade da água a jusante e a sustentabilidade do regadio a longo prazo.

Processo URSA

Compostagem

Como funcionará a URSA?

O projeto URSA consiste na implementação de um modelo de negócio inovador e disruptivo, empreendido de forma comunitária, baseado na permuta de subprodutos agrícolas por fertilizante orgânico para utilização agronómica pelos agricultores, materializando a economia circular de ciclos curtos no contexto agrícola.

Em termos conceptuais, e tendo em conta os desafios nacionais e europeus em matéria de economia circular, apenas se conseguirão mudanças significativas, em tempo útil, se se empreenderem estratégias mobilizadoras que envolvam diferentes parceiros, o que, neste caso, implica a aproximação construtiva da agricultura e do ambiente, os quais são, na verdade, indissociáveis.

Neste contexto o projeto URSA apresenta-se como uma verdadeira estratégia integrada de promoção de práticas circulares que abrange todo o sector agropecuário e agroindustrial, começando nos produtores, promovendo a existência de soluções de proximidade que possibilitem a recirculação de nutrientes e a redução de novas importações, passando pelos processos de eliminação de subprodutos, cujas formas atuais contrariam os princípios da economia circular e que carecem de alteração urgente, e culminando no contributo significativo para a melhoria da qualidade do solo e da água com efeitos concretos no incremento da eficiência no uso destes recursos e na adaptação de uma região aos desafios impostos pelas alterações climáticas.

Conforme referido no prefácio do Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal 2017-2020, “A Comissão Europeia reconheceu a fragilidade da Europa em ser altamente dependente de importações de recursos, onde o risco de ficar refém de abastecimentos instáveis e volatilidade de preços é demasiado grande e a fatura ambiental torna-se também demasiado elevada. E se conseguíssemos preservar os recursos que já estão em uso na economia, mantendo-os no seu valor económico mais elevado, por mais tempo? Não seria necessário extrair e adquirir tantas matérias-primas, reduzíamos desperdício e outros impactos ambientais como emissões de GEE. Este é o racional da economia circular: um modelo de abundância, que contrasta com a escassez a que conduz a economia linear.”

O projeto URSA está à altura de tão ambicioso objetivo, designadamente a redução das necessidades de importação de adubos minerais (os quais têm origem em jazidas com fim à vista, como o fósforo ou implicam um elevado custo energético na sua produção e elevada dependência do preço dos combustíveis fósseis) uma vez que através da recirculação de nutrientes presentes nos subprodutos se reduz duplamente a necessidade de novas importações, quer através dos nutrientes presentes no composto quer no aumento da eficiência na utilização de adubos minerais.

Neste âmbito o projeto URSA pretende desenvolver uma abordagem regional inovadora, num setor recetivo à mudança, patente na grande transformação de sequeiro em regadio observada no Alentejo em resultado das possibilidades potenciadas pelo esforço do Estado no abastecimento público de uma vasta área com água para a agricultura. É neste terreno fértil que se pretende colocar a semente da circularidade e com as novas abordagens produtivas se instalem também novas abordagens recirculativas, as quais visam igualmente o incremento da rentabilidade do setor e o aumento da longevidade dos recursos, e como tal serão recebidas de forma favorável pelos diversos intervenientes.

Com a concretização do projeto URSA será ainda possível criar valor onde antes existia um custo, equiparando o valor dos subprodutos (que representam mais de 60% da quantidade total da produção) ao valor dos nutrientes minerais importados.

Culturas Temporárias

URSA e a agricultura

A atividade agrícola tem acompanhado a evolução das sociedades humanas, desde a implementação do sedentarismo, mimetizando os processos naturais com o objetivo de promover o crescimento de produtos que pudessem servir para a alimentação ou sobrevivência humana. A partir de 1840 em resultado da difusão generalizada da utilização de adubos minerais, com os nutrientes mais concentrados e facilmente absorvíveis pelas plantas, observou-se uma revolução agronómica, com aumento massivo das produções agrícolas, mas também um aumento gradual e crescente dos problemas ambientais resultantes da mobilidade dos nutrientes e da depleção da matéria orgânica do solo.

A fertilização agrícola é neste contexto paradigmática, uma vez que, desde os primórdios da espécie humana sedentária até há dois séculos atrás sempre foi uma atividade com relativa circularidade, tendo assumido um comportamento linear após o início da utilização de adubos minerais. O baixo custo dos adubos minerais durante as últimas oito gerações de agricultores levou a uma subvalorização dos subprodutos agrícolas e pecuários, potenciando a sua eliminação.

A transição para a economia circular no caso da agricultura de regadio em Alqueva, ao contrário de muitas outras atividades em que a fase circular é inédita, reveste-se ela própria de uma circularidade temporal, uma vez que será através da recuperação de técnicas ancestrais de aproveitamento de subprodutos, devidamente adaptadas a uma realidade moderna e a um formato industrial, que se fará a transição para a economia circular no que à fertilização e nutrição diz respeito.

O desafio da sustentabilidade em termos agrícolas passa necessariamente pela recuperação da qualidade do solo, uma vez que só assim é possível alcançar a fertilidade e a real rentabilidade, ou seja, sem depleção dos recursos basilares, e em simultâneo promover as funções do solo como elemento ambiental estruturante, filtrador em larga escala e protetor das massas de água, mantendo a imagem do Alentejo como região ambientalmente preservada, onde se pode produzir, conservar, viver e visitar.

Culturas Permanentes

Solução URSA

A dificuldade de agregação de subprodutos de diferentes setores produtivos, nomeadamente agrícolas como a palha de milho (4500ha no EFMA em 2016), rama de poda e folhas da cultura do olival (33000ha no EFMA em 2016), bagaço de azeitona após extração de azeite (240000 toneladas no EFMA em 2016), rama de poda da cultura da vinha (3500ha no EFMA em 2016), bagaços e engaços de uva (5600 toneladas no EFMA em 2016) e pecuários associados essencialmente às explorações intensivas, bem como os subprodutos associados à transformação destas atividades, como lamas de matadouro ou de queijaria, cuja valorização isoladamente é muito difícil, tem levado a que cada setor realize um percurso divergente, procedendo à eliminação dos seus subprodutos da forma mais fácil que encontre, na maior parte das vezes por queima ou deposição ambiental incorreta, com perda irrecuperável de nutrientes valiosos, cuja necessidade de extração se perpetuará.

Esta tipologia de eliminação, acarreta um conjunto de custos económicos e ambientais a médio prazo, raramente contabilizados, associados à perda de solo e de fertilidade, redução da riqueza ambiental regional, redução do interesse turístico e da notoriedade dos seus produtos, riscos de desagregação socioeconómica, uso ineficiente de água e nutrientes, degradação da qualidade da água e do ar, criação de focos de incêndio e produção massiva de gases com efeito estufa que, conjuntamente, contribuem para o agravamento dos efeitos das alterações climáticas.

Assim, o objetivo do projeto URSA é a agregação destes subprodutos de forma comunitária, realizando a sua valorização com equipamentos profissionais específicos, cuja aquisição por cada exploração agrícola é inviável, potenciando uma economia de escala que acrescenta rentabilidade ao processo e prestando um serviço aos agricultores que potencia a valorização dos seus subprodutos e dos seus recursos, favorecendo igualmente a melhoria da qualidade dos recursos territoriais a montante e a jusante das explorações agrícolas, tendo como resultado a verdadeira sustentabilidade.

Agroindústria

Contas da URSA

A primeira unidade URSA, atualmente em fase de conclusão, representa um investimento total de 250 000 €, apoiado em 60% pelo Fundo Ambiental Português no contexto das “medidas de apoia à transição para uma economia circular”.

A unidade de compostagem tem uma dimensão de 2 hectares na qual todos os subprodutos orgânicos são rececionados, pesados, caracterizados, armazenados temporariamente, triturados, misturados e submetidos a um processo de compostagem em pargas cobertas ou a céu aberto.

Pretende-se que cada parga de compostagem seja uma estrutura semicilíndrica horizontal com um volume de 800 m3, o que corresponderá a cerca de 680 toneladas por parga. De acordo com a área disponível considera-se ser exequível produzir 8 pargas por ciclo, ou seja, um total anual de 24 pargas.

Pela análise dos valores apurados chega-se à conclusão que o preço limiar de venda no ano cruzeiro é de 30€/ton, sendo este preço manifestamente mais baixo do que os produtos semelhantes existentes no mercado, cujo valor médio ronda os 200 €/ton, ou seja, muito superior ao limiar de rentabilidade obtido no projeto URSA, de onde resultará uma viabilidade económica direta, associada à venda de parte do composto, e uma viabilidade económica indireta associada aos créditos de carbono e aos serviços ambientais desempenhados pela unidade URSA, nomeadamente o incremento da fertilidade e melhoria da qualidade da água armazenada no EFMA.

Considerando o benefício por hectare, em termos económicos e a curto prazo, ou seja, apenas observando o efeito dos nutrientes (e neste caso do azoto) libertados durante o tempo de permanência da cultura do campo, e não considerando os efeitos de melhorias trazidos pelo acréscimo de matéria orgânica no solo, todas as culturas beneficiam entre 11,25€/ha e 79€/ha.

Conclui-se assim, que a introdução de composto, na ótica do seu utilizador final, o agricultor, é benéfica, havendo retorno financeiro direto face ao custo de oportunidade.

Pecuária

URSA e a Economia Circular

O projeto URSA apresenta-se como uma verdadeira estratégia integrada de promoção de práticas circulares que abrange os sectores agropecuário e agroindustrial, começando nos produtores, promovendo a existência de soluções de proximidade que possibilitem a recirculação de nutrientes, possibilitando o fecho de ciclo e, portanto, uma agricultura verdadeiramente circular. Esta possibilidade de total integração de resíduos no processo de compostagem.

De assinalar que os setores agrícola e agroindustrial assumem um papel de destaque no que se refere à priorização do potencial de circularidade, de acordo com a análise efetuada aos setores nacionais pelo grupo de trabalho responsável pelo Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal (PAEC) onde se constata que os setores agrícola e agroalimentar se encontram entre os setores nacionais com maior potencial para a circularidade, VAB e postos de trabalho (PAEC, 2017).

O projeto URSA posiciona-se assim com elevado grau de prioridade no contexto da transição para a economia circular, uma vez que, para além da inequívoca ligação ao setor agrícola e pecuário, tem também forte potencial de criar processos circulares na industria alimentar, designadamente nos setores do azeite, vinho, queijo e carne, as quais se assumem como as quatro principais agroindústrias na área de influência do EFMA.

No que se refere às metas para as quais contribui o PAEC o projeto URSA contribuirá para a prossecução dos objetivos do Compromisso para o Crescimento Verde, mais concretamente:

• Promover a eficiência no uso dos recursos: neste objetivo, o Projeto contribuirá para o indicador “Aumentar a incorporação de resíduos na economia (CCV-OBJ5 / PNGR)”;

• Contribuir para a sustentabilidade: neste objetivo o Projeto contribuirá para os indicadores “Aumentar a eficiência hídrica (CCV-OBJ8 / PENSAAR 2020)” e “Reduzir as emissões de CO2 (CCV-OBJ10 / PNAC)”. De facto, a incorporação de composto fertilizante orgânico nos solos do EFMA, permitirá melhorar a capacidade de retenção de água, reduzir a necessidade de aplicação de fertilizantes químicos, reduzir queimadas e deposição de resíduos orgânicos em aterro, com a consequente redução de emissões de GEE;

• Valorizar o território: O projeto contribui também para a valorização do território, uma vez que potencia a competitividade e diversidade da atividade agrícola no EFMA, bem como a sustentabilidade da região, por via da melhoria da qualidade dos solos das massas de água e dos serviços de ecossistema.

Composto

URSA e a compostagem

A forma de valorização dos subprodutos orgânicos selecionada foi a compostagem, uma vez que o seu produto final, o composto, permite a melhoria da fertilidade do solo e, em simultâneo, se trata da técnica mais operacional no contexto de uma unidade de baixo valor de investimento, permitindo a replicação de unidades pelo território de regadio.

A compostagem é um processo de oxidação biológica por fermentação aeróbica, ou seja, onde existe oxigénio, que leva à estabilização da matéria orgânica, onde uma gama variada de microrganismos (bactérias, fundos e actinomicetes) decompõem os materiais orgânicos biodegradáveis, em condições de elevadas temperaturas resultantes do calor libertado pela atividade microbiana (fase termófila) em que se liberta principalmente dióxido de carbono e vapor de água e da qual resulta, após humificação, um produto designado como composto ou húmus.

O composto é um produto escuro, de granulometria fina, estabilizado, homogéneo, higienizado e sem substâncias fitotóxicas ou moléculas orgânicas que prejudiquem o ambiente.

O processo de decomposição da matéria orgânica por microrganismos ocorre naturalmente, mas pode ser acelerado pela intervenção humana, nomeadamente através da mistura correta de diferentes materiais orgânicos para que a razão C/N se situe entre os 25 e os 30 e pela aplicação de água na mistura, já que esta é essencial para o metabolismo microbiano.

URSA e o futuro

O projeto URSA é, por conceito, um projeto replicável, uma vez que a sua matriz basilar assenta num conjunto de unidades a operar em rede, e nesta fase apenas existe a primeira dessas unidades.

O objetivo do projeto URSA é comprovar o modelo de unidade de valorização à escala industrial para que se concretizem outras Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva suficientemente robustas e tecnicamente adequadas para processar a quantidade de subprodutos produzidos por uma área com a dimensão do EFMA, mas ao mesmo tempo unidades suficientemente ligeiras e de custos reduzidos que possibilitem a sua dispersão pelo território irrigado e assim facilitem a entrega dos subprodutos pelos produtores e no mesmo circuito viabilize o retorno com fertilizante para aplicação no solo.

Este enquadramento possibilitará, por um lado, a demonstração efetiva das possibilidades de ligação entre as atividades agropecuárias e agroindustriais e a valorização dos seus subprodutos, preconizada desde a publicação em 2007 da ENEAPAI (Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais, Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional) mas permitirá igualmente a concretização da utilização agronómica do fertilizante produzido, em ensaios comparativos em diferentes culturas, diferentes solos e diferentes métodos de rega.

Neste âmbito o projeto URSA subdividiu as zonas irrigadas em Blocos com cerca de 10000 ha localizando em cada uma destas áreas uma unidade de recirculação de subprodutos de Alqueva, a menos de 10km de qualquer exploração agrícola, criando assim duas constelações – A URSA menor, localizada na margem esquerda, com quatro unidades e a URSA maior, na margem direita, com oito unidades.

A localização das unidades privilegiará as parcerias com os agentes presentes no território, sejam agricultores, industriais, autarquias, cooperativas de produtores, entre outros, de forma a integrar a abordagem URSA no tecido empresarial local, potenciando a adesão dos utilizadores e a obtenção de resultados efetivos a médio prazo, promovendo a fixação da riqueza no território Alentejo.

Com a concretização do projeto URSA existirá uma solução real de proximidade, junto da atividade produtiva, que permitirá que não se queimem resíduos orgânicos ou que se abandonem no campo. A existência de uma solução real, que trará benefícios ao produtor, levará a que seja a própria sociedade a censurar a escolha de opções ambientalmente menos adequadas, como a queima, o que levará a que indiretamente se queime menos e que por esta via haja menos incêndios e destruição ambiental.

Uma Nova Terra...

História da URSA

O conceito URSA iniciou o seu desenvolvimento em 2012, cujo amadurecimento culminou na assinatura em 2014 de um protocolo de colaboração entre a EDIA, o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária IP (INIAV) e a Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS), em 2014, com o objetivo de desenvolver de uma estratégia integrada de promoção da matéria orgânica no solo na área do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.

Em 2017 surgiu a oportunidade de candidatar o projeto URSA ao programa “Apoiar a Transição para uma Economia Circular” do Fundo Ambiental, o qual visou apoiar as empresas e associações que pretendam implementar soluções e modelos de negócios que visem manter os recursos em circulação na economia, no seu valor mais elevado, pelo maior tempo possível, regenerando capital natural e alimentado por fontes renováveis, potenciando modelos de negócio que integrem princípios de incentivo à circularidade, tais como plataformas colaborativas, sistemas de produção/consumo de proximidade e sistemas de logística inversa para recuperação componentes e materiais.

Na Fase I deste programa do Fundo Ambiental (2017), candidataram-se 66 projetos nacionais tendo a candidatura URSA da EDIA, em parceria com o ISQ, ficado classificada em 3.º lugar entre todos os projetos submetidos e aprovados para a Fase I do Fundo Ambiental no âmbito da Economia Circular, o que levou à apresentação da candidatura à Fase II, ainda em parceria com o ISQ, culminando na aprovação da mesma e inicio da concretização da primeira URSA, no valor total de 250 000€.

A criação da primeira unidade URSA, localizada na Herdade da Abóbada, concelho de Serpa, teve como base um acordo de parceria entre a EDIA e a Direção Regional de Agricultura do Alentejo, com o objetivo de promover conjuntamente a criação, na Herdade da Abóbada (Centro Experimental do Baixo Alentejo), de uma unidade experimental e demonstrativa e desenvolver uma base técnico-científica fundamentada relativamente ao processo de compostagem para diferentes tipos de misturas de subprodutos orgânicos, bem como aferir e demonstrar o modelo de negócio a uma escala semi-industrial.

Em breve serão desenvolvidas parcerias com os agricultores, para participação ativa na atividade da URSA, bem como com associações de agricultores, autarquias, cooperativas e industriais, para que encontrem na URSA uma resposta positiva para a valorização adequada de subprodutos orgânicos.

Filmes

URSA - Agricultura Circular

Filme URSA – Ep. 1 – 2017

Filme URSA – Ep. 2 – 2018

Objetivos | Objectives



Objetivos

  • Reabilitação do solo como suporte agrícolade qualidade e como barreira filtrante;
  • Favorecimento do uso eficiente de água e nutrientes, reduzindo as necessidades;
  • Redução da aplicação de adubos minerais e aumento da rentabilidade agrícola;
  • Maior coesão do solo, com menor vulnerabilidade à erosão e à desertificação;
  • Utilização circular conservativa dos subprodutos orgânicos produzidos no EFMA;
  • Melhor qualidade da água e menor suscetibilidade a espécies aquáticas invasoras;
  • Promoção da vida do solo, regeneradora da fertilidade e potenciadora da sanidade vegetal;
  • Sequestro de carbono no solo, por oposição à queima, com redução dos gases com efeito estufa.


  • Objectives

  • Rehabilitation of soilas a quality agricultural support and as a filtering barrier;
  • Favor the efficient use of water and nutrients, reducing the global needs;
  • Reduction of the application of mineral fertilizers and increase of agricultural profitability;
  • Greater soil cohesion, with less vulnerability to erosion and desertification;
  • Conservative circular use of organic by products produced in EFMA;
  • Better water quality and less susceptibility to invasive aquatic species;
  • Promotion of soil life, fertility regenerator and potentiator of plant health;
  • Carbon sequestration in soil, as opposed to burning, with reduction of greenhouse gases.